sábado, 19 de janeiro de 2013

Dica: como escolher livros


Pois é... recentemente (veja o último post) fiz uma péssima escolha literária!
Hoje em dia a variedade de livros - especialmente YA - é tanta que fica mais difícil escolher a cada dia.
Então, fica no ar a pergunta: que critérios utilizar para escolher o que ler. Mais do que nunca o velho ditado faz sentido para mim: "não julgue o livro pela capa."

Tem tantos livros mal escritos circulando, mas com uma excelente campanha de marketing e em belas edições de chamar a atenção de longe, que fica fácil levar sem querer gato por lebre!


Eu decidi, depois da última decepção, adotar alguns critérios que compartilharei aqui e agora.

Graças à internet temos mais ferramentas a nosso favor para ajudar na decisão. Listo abaixo todos os passos que tentarei seguir ao escolher um livro que seja de autor desconhecido.

  • Começando pelo básico: capa, título e sinopse. Se esses 3 itens agradarem, vale a pena anotar;
  • Ler algumas páginas do miolo, mesmo correndo o risco de me deparar com Spoilers. Se o estilo do autor não parecer horripilante, prossigo com a pesquisa;
  • Alguns livros tem o 1º capítulo divulgado na internet gratuitamente pelo próprio autor e/ou editora. Também vale a pena procurar, embora nem sempre o 1º capítulo nos dê uma noção do que virá mais pra frente;
  • Procurar saber se amigos que tenham gostos em comum com os meus já leram e qual a opinião. Perguntar a respeito também em comunidades que participo;
  • Pesquisar sobre o livro na internet. Primeiro a faixa de preços nas diversas lojas virtuais. Depois ler as resenhas de blogs literários e redes sociais de literatura, como Skoob e Good Reads.
  • Desconfiar das resenhas publicadas em sites que tem parceria com as editoras. Eles sempre elogiam os livros, independente do conteúdo! Cuidado redobrado com autores nacionais;
  • Procurar saber mais sobre o autor. Quem é, nacionalidade, idade, o que faz da vida, do que gosta, opiniões e entrevistas, etc...
  • Se o autor teve fanfics publicadas na internet e se a saga abordada te interessar, pode ser uma boa tentar ler pra conhecer o estilo do autor antes de comprar o livro.
Foi por isso, por exemplo, que eu decidi não ler The Mortal Instruments. Eu já conhecia Cassandra Clare de outros carnavais, li o 1º capítulo do livro dela e logo notei que não fazia meu estilo.

E se mesmo assim a escolha for equivocada... Bom, aí o jeito é interromper a tortura antes do fim mesmo, fazer o que...

2 comentários:

NaiaraAmeba disse...

São realmente boas dicas, mas, de fato, não são a prova de falhas. fazia um tempo que não vinha aqui no blog e descobri que finalmente a resenha da série Feios saiu! Que coisa boa! Depois eu tenho que ir lá dar uma lida, mas antes, vamos comentar por aqui.
Eu nunca tenho muita paciência para procurar saber do autor! Na verdade, eu ando em livrarias, e se simplesmente aquela coisa de brilho nos olhos ocorrer, eu compro somente por uma boa sinopse. Agora, quando a compra é pensada, normalmente eu recorro as resenhas nos blogs literários e no Skoob. Ainda que ocorram algumas decepções no meio do caminho, normalmente fico satisfeita. Não porque as resenhas sejam a minha percepção do livro - normalmente não são - mas porque, no final das contas, não sou tão exigente como deveria ser.
Fiquei acostumada, de certo modo, com livros "meia-boca". A única vantagem disso é me surpreender muito quando pego algo que faz com que o amor pela literatura volte com força total, que me faça lembrar de o porque ler é tão bom!

Tina disse...

Então, normalmente eu escolhia livros (fosse na livraria, na internet ou em sebos) por puro instinto. Só que ultimamente tenho visto uma enxurrada de livro medíocres no mercado. Fanfics-livros, como os chamo agora. E nem sequer são fanfics das boas (lembra de Todos Os Nossos Ontens? Ah... por que os bons morrem cedo? =/ )

Vamos tomar Casandra Clare como exemplo. Um dia Scott Westerfeld - sim, aquele da série Feios - falou sobre o livro dela no blog dele. Lá tinha um link para o 1º capítulo. Eu li porque confiei na indicação do Scott, que considero ótimo escritor contemporâneo, mas o raio do nome da autora ficou martelando na cabeça. De onde conheço essa mulher?
Li o 1º capítulo, logo vi que não fazia meu gênero e desisti.
Um dia vi o livro na vitrine da livraria e voltou a dúvida: onde já vi esse nome?
Certa vez, navegando na web, me deparei com blogs de pessoas do antigo fandom comentando o fato dela ter escrito um livro e então caiu a ficha!
Se eu tivesse lembrado de cara que era a autora de Draco Dormiens nem teria me dado o trabalho de ler o 1º capítulo.

O Inverno das Fadas me provou que confiar simplesmente em uma boa capa, um bom título e uma resenha bem redigida e instigante não é suficiente.
Outro dia também me deparei com um livro sobre sereias. Adoro sereias! Fui ler o resumo do livro e logo vi que era outro "Crepúsculo" da vida.

Então, eu decidi, para o meu próprio bem e evitar raiva e perda de tempo, seguir esses passos. Já não dá mais para confiar apenas no tema abordado parecer interessante.

Infelizmente, eu sou extremamente exigente e chata (acredite, mais ainda comigo mesma do que com os outros), então, pra mim, um livro precisa sempre me reforçar esse amor pela literatura ou não vale a pena!

E nem sempre os clássicos estão à prova de decepções. Ler "Eurico, O Presbítero" 10 anos atrás foi uma tortura tão grande quanto ler "Inverno das Fadas" e, pior, era pra trabalho. Claro que a professora odiou minha opinião sobre um clássico que, na opinião dela, era irrepreensível. Também odiei "O Ateneu", apesar de me lembrar levemente alguns aspectos vistos em Harry Potter.
Entretanto, sou apaixonada por "O Guarani" e "Dom Casmurro" (ainda no E. Fundamental tivemos que ler e tive uma discussão ferrenha sobre o final justamente com o garoto de quem eu gostava durante o debate em aula, hauhahuauauha...). E ainda levei bronca no cursinho por, em plena época de vestibular, preferir ler - apenas por gosto - "Morro dos Ventos Uivantes", um livro que era da mesma época exigida nas provas, mas que não era pedido por ser inglês, e não português ou brasileiro.

Enfim... tá cada dia mais difícil escolher o que ler... mas se eu puder ter mais cuidado daqui pra frente, terei.

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