Série de TV: Joan of Arcadia

Eu adoro séries de TV e teve uma época que eu acompanhava várias. Pelo menos 1 por dia eu assistia. Tanto nacionais quanto, principalmente, americanas. Mas eu nunca falei muito delas aqui. Só falei até hoje de Smash na estréia (cujo fim de temporada eu pretendia comentar, mas como tantos outros posts planejados acabei não fazendo e depois ela foi cancelada na 2ª temporada, que foi cheia de erros desnecessários, mas teve algumas coisas épicas) e do projeto brasileiro distópico e FC, 3%, que aparentemente não vingou (uma pena!). Talvez eu não tenha falado mais por preguiça, pois as longas (com mais de 5 temporadas) são complexas e talz. Não sei.

Apesar de no momento só conseguir acompanhar, de fato, duas que não são reprises, eu gosto de várias e tenho uma lista imensa de DVDs para comprar só de séries! Até o momento só consegui comprar 1 box da 4ª temporada de House. E tenho um box que eu mesma fiz, gravando da TV, de A Casa das 7 Mulheres.

Nem de todas que são "famosas" e "queridas" (mesmo entre os nerds) eu gosto. Algumas simplesmente não me atraem (Grey's Anatomy, por exemplo) outras, como todos que me conhecessem sabem, eu não suporto, não posso nem ouvir falar (GoT, por exemplo).

Eu adoro quando eu descubro uma série que não foi muito famosa (ou que pelo menos não chegou até meus ouvidos e olhos na época da transmissão), não foi um estouro de sucesso, mas que justamente por ser mais 'modesta' tem uma história legal e é gostosa de assistir.

Esse é o caso de Joan of Arcadia.

Descobri essa série sem querer, quando mudava de canal e estava passando no Sony Spin. Reconheci a atriz principal, que participou da 7ª temporada de House, Amber Tamblyn, onde ela fazia a tosquinha Martha M. Masters. Então, por curiosidade parei pra assistir, porque embora não gostasse da personagem Martha, eu gosto da atriz. Já tinha visto ela participando de alguns filmes.

A série tem aproximadamente 10 anos, pois passou entre 2003 e 2004, tendo apenas 2 temporadas, infelizmente. É baseada em Joana D'arc, porque Joan Gerardi (nome que me soa francês, inclusive) fala com Deus. E Deus aparece para ela sob vários disfarces. Muitas vezes como rapazes da idade dela, mas também como crianças e idosos. Depende da situação e do local onde ela está. De todos os disfarces, o que eu menos gosto é uma menininha, porque a dublagem foi feita com uma vozinha extremamente irritante.

O que é muito legal na série é o tom leve com que religião é tratada. Sua mãe é católica, sua melhor amiga filha de um rabino, seu pai é ateu... enfim... Mas em nenhum momento Deus discute com ela qual é a "religião certa".

Também não se fala em mal, pecado, em punição, em diabo ou inferno. É apenas uma orientação e algumas dicas que Joan recebe e discute-se apenas sobre a injustiça de certas coisas que acontecem. Por exemplo [SPOILER]quando eles são processados pelo rapaz que aleijou seu irmão. Além de tê-lo quase matado e deixado sequelas em um acidente - que aconteceu por dirigir bêbado - o cara ainda quer ser indenizado[/SPOILER]

O plot principal é o livre-arbítrio e como boas ações influenciam a nossa própria vida. Não existe uma barganha para ganhar vaga no paraíso ou recompensas materiais. O "papo" entre Joan e Deus é sempre muito aberto, espontâneo, como verdadeiros amigos e tratam de como Joan pode fazer o bem ajudando a comunidade, os amigos, a família gerando uma espécie de corrente. Mais ou menos o mesmo princípio do filme A Corrente do Bem. E, por consequência, a vida da própria Joan se modifica para melhor e ela cresce como pessoa e ajuda todos a sua volta a melhorar também.

[SPOILER]Em certo momento esses "papos" são descobertos e ela é considerada louca por todos. Após o tratamento Joan decide usar seu livre-arbítrio para ignorar Deus - pois todos lhe dizem que é uma ilusão, exceto seu namorado Adam. Em 2 episódios intensos Joan vê as nocivas consequências de ter deixado de prestar atenção ao que acontecia a sua volta e de ter deixado de tomar uma atitude a respeito dos problemas, querendo ser apenas uma 'adolescente normal'.[/SPOILER] Eu não peguei o início da 1ª temporada e ainda estou no começo da 2ª, então não sei todos os detalhes de como a história começou e nem como vai terminar (espero que não fique aquela coisa sem final, de quando as séries são canceladas de repente). Mas estas são as informações adicionais encontradas na Wikipedia, onde também tem uma lista dos episódios:

"O pai, Will Girardi (Joe Mantegna) é um policial recém-chegado à cidade e contratado como chefe de polícia de Arcadia. A mãe, Helen (Mary Steenburgen)  a princípio trabalha na secretaria da escola onde Joan e o irmão mais novo, Luke (Michael Welch) estudam. No decorrer do seriado ela se torna professora de Artes. O irmão mais velho, Kevin (Jason Ritter) ficou paraplégico após um acidente de carro e após uma entrevista do jornal local com seu pai, obtém um emprego nele, logo passando a ser repórter. Joan faz amizade com dois colegas da turma de Química Avançada, Grace (Becky Wahlstrom), que pelo estilo e comportamento dá a impressão de ser lésbica, e Adam (Christopher Marquette), um artista talentoso cuja mãe se suicidou quando ele era criança."

A parte que eu não gostei muito é que Luke, o irmão mais novo de Joan, foi retratado como um típico nerd insuportável que só sabe falar em uma linguagem própria e difícil, como se viesse de outro planeta. Quando será que a mídia vai aprender a retratar direito os nerds na ficção, hein? (qualquer dia eu falo sobre TBBT, antes que alguém venha me lembrar da existência da série).

A professora deles de Química Avançada é maluquinha e muito engraçada.
Ah, e lembram daquela garota alta, magra e meio desengonçada que é a vizinha apaixonada pelo Peter Parker, nos primeiros filmes do Homem-Aranha? Ela também faz algumas participações na 1ª temporada, como namorada do Luke.

Eu amo a abertura da série, porque tem uma música que eu gosto muito, One of Us (Joan Osborne) - da década de 90 -, que eu lembro de ter ouvido muito.

O clipe da música, com legenda em português: