segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cosplay

Desde a 1ª vez que vi um cosplay na minha frente, ao vivo e à cores, eu me apaixonei pela ideia, mesmo pensando "essa gente é louca".
Porque a ideia de reproduzir um figurino de cinema, HQ, série ou literatura perfeitamente fiel pode ser encaixada na definição de algo pouco usual para quem está fora do universo nerd e, portanto, uma 'loucura': algo ousado, exagerado, excêntrico e que mesmo achando legal a maioria das pessoas não teria coragem de fazer.

(Foto da Celebration, o evento oficial de Star Wars que acontece todo ano nos EUA)

Mas ainda que eu jamais tivesse pensado nessa possibilidade, quando eu vi que era possível e que existia no mundo quem fizesse isso... imediatamente eu quis fazer também!


Bom, dizer que eu nunca tinha visto nada parecido ou que eu nem tinha usada nada parecido não é muito exato. Eu apenas nunca tinha pensado nisso dentro do contexto do universo nerd.
Costumo dizer que, 'sem querer' (e para seu desespero) meu pai praticamente me iniciou ainda muito nova no uso de cosplay. Naquela época - e você já deve ter visto alguma foto dessas - era comum os fotógrafos profissionais terem figurinos de época fidelíssimos em tamanho infantil que eles levavam nas escolas para fotografar a criançada e depois vender para os pais.

Meu pai mandou fazer VÁRIAS dessas roupas na costureira e eu era - por livre e espontânea pressão - sua modelo e manequim. A grande maioria eram roupas do estilo do século XVIII e XIX. E tinha algumas outras também, como caçador(a), pintora francesa, marinheira (o), paquita (NÃO sou eu na foto ao lado, mas a roupa era quase igual a essa) e Papai Noel. Só faltou a de cowboy, que muitos outros fotógrafos tinham e eu nunca soube porque meu pai nunca mandou fazer uma dessas.
Meu pai era TÃO, mas TÃO detalhista que ele não se contentou apenas com os figurinos. Ele chegou a montar CENÁRIO extremamente verossímil de uma sala de época para fazer as fotos em estúdio. Hoje em dia isso até deve ser mais comum, mas era raro na época, ainda mais em uma cidade de interior e em um bairro mediano.
De modo que, por culpa dele, dos 5 aos 8 anos eu tenho um verdadeiro Book de Cosplay. E era MESMO cosplay (embora não soubéssemos disso), porque ele me pedia para interpretar, fazer caras e bocas e as roupas eram fiéis, feitas com tecidos de boa qualidade e caimento, acessórios reais, etc... Não era como uma tosca fantasia de carnaval ou de festa junina (das quais sempre tive verdadeiro horror, mesmo quando criança).

Então, quando aos 18 anos, eu vi os primeiros cosplays de Star Wars da minha vida eu senti uma identificação imediata e uma súbita vontade de fazer também. Porém sabia que era caro e na época eu não tinha nem condições, nem habilidade para tal. Em meados de 2003 (por incrível que pareça, apenas 10 anos atrás) informações e fotos na internet ainda eram uma coisa difícil de conseguir. Não havia Wikipedia, Google (nos moldes de hoje), Flickr, Youtube ou redes sociais. No máximo, tínhamos os flogs que eram bem toscos. Conseguir imagens digitalizadas era quase impossível, as fotos ainda eram feitas com filmes e os computadores não comportavam alta resolução. Até baixar música era uma complicação.

De modo que esse sonho foi adiado por 2 anos, quando eu decidi que ia fazer uma roupa do jeito que desse. Apanhei muito, aprendi várias coisas na marra e ao longo dos anos fiz vários retoques na minha 1ª roupa (que foi Leia Endor).

Meus 2 critérios àquela altura eram:
- Tinha que ser de Star Wars (porque era para ir em evento anual deste tema)
- Tinha que ser o mais fácil que eu encontrasse.

À primeira vista um Jedi parecia ser o mais fácil, por ser o mais genérico. Mas logo vi que não. Precisava de muito pano e para ficar fiel mesmo, tinha que ser pano de ótima qualidade. E pano é caro!!! Também tinha muitos acessórios, que precisavam em boa parte serem feitos com improvisação e criatividade. Fora a bota de cano alto (na época quase impossível de achar em lojas de calçado, pois não era moda) e o maldito (e caríssimo) sabre-de-luz. O de brinquedo eu achava que não valia o preço pedido por... ahn... ser de brinquedo, ser de plástico. E um sabre decente eu não consegui comprar até hoje!

Mas desde então eu peguei gosto pela coisa e não parei mais!
Mesmo querendo MUITO fazer algum cosplay phodástico, sempre optei pelos que fossem (ou parecessem) o mais simples possível dentro das histórias que me agradam.
Meu 2º foi um uniforme de Hogwarts improvisado para um evento de HP, um dos mais comuns e genéricos que tem. E só consegui fazer porque na época tinha cartão de crédito de uma loja, onde comprei camisa branca, 2 gravatas azuis e prata (que não eram parecidas com a do filme, mas foi o que achei) e uma calça preta... porque não achei aquele estilo de saia colegial. Não tinha o robe, nem brasão. O suéter, usei um velho e fino que eu já tinha, de cor cinza mas com gola quadrada.

Claro que com o tempo ele foi aperfeiçoado.

Na verdade, esse foi o 1º que usei em 2004... o 1º a ficar pronto (do dia pra noite... bastou apenas juntar as peças). Mas foi o 2º que eu comecei, pois eu realmente tinha começado o de Leia Endor antes.

Outro dia assisti no YouTube um vídeo no qual os rapazes do Omelete TV foram no programa "Agora é Tarde" em Maio. E um deles - não lembro se foi o Hassel ou o Borgo - disse que tinha desistido de fazer cosplay tanto porque exige muita dedicação, quanto porque fica muito caro. Algo em torno de R$ 5.000.
Bem, meu caro, você está errado!
Acho que ele estava pensando em algo como na foto abaixo.


Vou começar a fazer uns posts sobre Cosplay e o próximo post do tema será sobre algumas sugestões de cosplays fáceis e femininos. Tem alguns que são ridiculamente fáceis e a gente nem dá muita bola na hora de escolher, mesmo quando são de um personagem muito bom!

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