sexta-feira, 25 de julho de 2014

Universo Jedi: Política

Já faz um tempo quero iniciar aqui duas novas categorias: Universo Potteriano (inclusive tenho um post praticamente pronto que já era para ter publicado) e Universo Jedi. Essas duas categorias serão para discutir temas inerentes à cada saga. A ideia é falar de coisas de dentro do universo, de como ele funciona, seus personagens, espécies, etc e tal... Não é para falar sobre produção, direção, atores, notícias, rumores... enfim, o mais do mesmo.
Pode ser que mais para frente eu faça algo semelhante sobre a obra de Tolkien - pois estas 3 são as minhas favoritas, empatadas em 1º lugar e como já dediquei muito tempo à elas, posso dizer que entendo bastante do assunto -, mas ainda não me sinto preparada para isso. Por enquanto, me manterei falando em posts específicos de Star Wars e Harry Potter apenas.

Esse post eu escrevi originalmente para esclarecer as dúvidas de uma pessoa que não tinha conseguido entender bem a política galactica apresentada na Nova Trilogia de Star Wars para explicar como e porquê a República democrática se transformou no horrível Império que vemos na Trilogia Clássica. É uma dúvida bem comum e, como o texto já estava pronto, resolvi começar por ele.
A maioria das pessoas que curtem - e até os que são fãs mesmo - se interessam muito mais pela ação (batalhas) e pelas organizações de poder prático (no caso de Star Wars, os Jedi e os Sith, por exemplo). Mas eu sempre gostei igualmente das nuances, daquilo que fica nas entrelinhas, subentendido. Daquele detalhe ao qual ninguém dá atenção, mas que é o que faz a história chegar ao rumo em que está.




Apesar de em Naboo o ou a governante receber o título de 'Rei' ou de 'Rainha' (e de usar indumentárias dignas de tal título), a eleição é democrática e o mandato tem um tempo de duração pré-definido (assim como nosso presidente, governador ou prefeito). Padmé foi eleita com apenas 14 anos, mas ela mesma diz que não foi a Rainha mais jovem eleita.
Cada planeta tem seus sistema governamental, mas todo planeta / sistema solar tem seu próprio representante no Senado.
Na época do Ep. I - A Ameaça Fantasma, Palpatine era o senador de Naboo no Senado Galactico - situado no planeta capital da República, Coruscant. Mas ele também era um Lord Sith planejando se tornar o Imperador... então ele usou a manipulação da Força em mentes fracas (de um lado) aliada às burocracias políticas (do outro lado) para criar a situação que levou às Guerras Clônicas, a qual ele pôde usar para dar o Golpe de Estado e se tornar Imperador. Ou seja, o tempo todo ele controlou as 2 partes conflitantes (os Separatistas e a República), orquestrando tudo.

Seu primeiro ato foi usar a Federação de Comércio contra seu próprio planeta, pois os Neimoidianos (a espécie dos seres que controlam a federação) são muito medrosos e suscetíveis, e por isso foram as primeiras vítimas, fáceis de serem manipulados e controlados.
Ao mesmo tempo ele "orientava" Padmé, não usando a Força nesse caso... mas usando argumentos políticos e sua inocente juventude idealista para convencê-la e levá-la a dar cabo aos seus planos sem perceber.
Sua primeira intenção com a invasão de Naboo, concluída com sucesso, foi expor a fraqueza do Chanceler Valorum (que era virtuoso, mas impotente perante a burocracia... coisa não muito diferente às vezes ocorre com políticos honestos que conseguem se eleger nas nossas câmaras e senado. O honesto ou acaba ficando de lado e calado ou é ameaçado e corrompido) e fazer com que a crise o tirasse do poder. Assim ele convence Padmé a sugerir ao Senado que Valorum era impotente para resolver o problema de Naboo e criar um 'voto de desconfiança' que leva à eleição de um novo Chanceler. Convenientemente, mas não por coincidência, o próprio Palpatine ganha a eleição.

No Ep. II - Ataque dos Clones, uma nova Rainha já está eleita em Naboo e Padmé se torna Senadora da República representante de Naboo a pedido da nova Rainha, pois o reinado de Padmé foi muito bem aprovado pelo povo e ela é considerada uma figura pública importante e bem conceituada na galáxia.

Eu não me lembro o que ela foi votar em Coruscant no Ep. II, mas ela estava sofrendo atentados contra a sua vida e não se sabia quem queria matá-la. Mas eram ainda as mesmas pessoas, ou seja, o Neimoidianos controlados pelos Sith e junto com outros separatistas.
Agora, como Chanceler, Palpatine tem muito mais poder e seu novo 'aprendiz' Sith (Conde Dookan) está a frente da organização do grupo Separatista, ao mesmo tempo em que Palpatine afirma aos Jedi e ao resto do povo que fará de tudo para evitar a guerra. Mas a Guerra Clônica é exatamente o que ele quer... Afinal, Palpatine enganou o mestre Zaifo-Vias para encomendar 10 anos antes a criação do exército Clone secretamente (pouco depois da crise em Naboo acontecida no Ep. I) e algum tempo depois mandou Dookan matar Zaifo-Vias como prova de comprometimento com o Lado Negro.

Enquanto Padmé se refugiava de seu atacante, junto com Anakin como seu protetor, ela deixou Jar Jar Binks representando Naboo em seu lugar no Senado (uma espécie de suplente). Jar Jar é muito tolo e facilmente influenciável... Assim, Palpatine usa seu poder mental contra ele para fazê-lo sugerir no Senado que Palpatine deveria ter Plenos Poderes (algo semelhante aconteceu na Venezuela, onde uma lei permite dar ao presidente plenos poderes durante alguns meses em caso de emergência).
Assim, agora Palpatine começa a subverter a democracia na República Galactica, tornando cada vez mais o Senado inútil, já que ele pode fazer o que quiser sem a aprovação do Senado.
Tem 3 cenas deletadas no Ep. III - A Vingança de Sith que mostram os senadores (incluindo Bail Organa - pai adotiva da Leia -, Mon Mothma e Padmé) discutindo sobre isso: sua preocupação cada vez maior com os plenos poderes do Chanceler.


Um dos senadores inclusive diz:
A Constituição foi dilacerada, emenda após emenda.
Durante o Ep. III, Palpatine faz de tudo para que a guerra se estenda por tempo suficiente para conseguir fazer Anakin se tornar um Sith sob sua influência. Essa é a penúltima - e essencial - parte do seu plano. Quando isso finalmente acontece ele se vê livre para mostrar sua verdadeira face e declarar a criação do Primeiro Império Galáctico. E é ovacionado. Como diz Padmé:

Então é assim que morre a liberdade, com um estrondoso aplauso.
Acontece que Palpatine o tempo todo manipulou os de mente fraca com a Força (e até mesmo conseguiu esconder sua identidade Sith dos Jedi, que sabiam que ele existia, mas não quem era) e os outros ele manipulou com corrupção pura e simples (como a que vemos aqui no Brasil).
Os de mente forte e incorruptíveis, como Padmé, Mon Mothma e Bail Organa tentaram criar a delegação dos 2.000 (que é mostrada nas cenas deletadas do Ep. III que comentei), mas foram voto vencido e, sem opção de se opor de outra forma, semearam o nascimento da Aliança Rebelde para lutar contra a ditadura de Palpatine.

Algumas informações adicionais do Dicionário Visual do Ep. I:

O SENADO




O poder dos senadores setoriais é imenso, já que controlam o acesso de centenas de planetas ao Senado. As tentações que vêm com tal poder são igualmente grandes. Senadores corruptos não são mais incomuns, até mesmo nos mais altos níveis, e poucos cidadãos da República esperam mais do que promessas vazias e jogos de palavras de qualquer um que põe os pés em Coruscant. Na verdade, muitos senadores são apenas preguiçosos e gananciosos, mas por não fazerem nada para evitar o avanço do mal, eles acabam se tornando seus maiores apoiadores.

Política Senatorial

Muitos senadores destacam-se pela imparcialidade, proporcionando aos seus planetas lucros vindos de lados opostos de um conflito. Comenta-se que os Malastarianos de três olhos são grandes mediadores.





CHANCELER VALORUM

Uma vida de estudos levou Finis Valorum a ser eleito Chanceler Supremo do Senado Galáctico. Valorum herdou o legado de uma família cujos principais membros representam cada um mais de 1000 planetas. Séculos atrás, um Valorum serviu como Chanceler Supremo. Finis Valorum agora igualou o seu feito, regendo toda a República a partir do seu posto galáctico em Coruscant. Ele, no entanto, também herdou um governo enfraquecido por seu próprio sucesso: os representantes da Galáxia se tornaram distantes de seus povos e agora todo o sistema está se degenerando.

Cada vez mais o Supremo Chanceler Valorum tem sido influenciado por senadores como Palpatine para comprometer o que ele sabe que é certo, em detrimento procedimentos politicamente aprovados.

SEI TARIA

Adido administrativo do Chanceler Valorum, Sei Taria o auxilia confirmando os precisos detalhes dos regulamentos processuais. Ela aprendeu muito com o Senador Palpatine.

MAS AMEDDA

O severo changriano Mas Amedda é responsável por manter a ordem no Senado. Acusado de utilizar seus poderes parlamentares para obter propinas, Amedda se mantém firme em seu próprio código de honra.



SENADOR PALPATINE


Paciência infinita tem sido a chave do sucesso de Palpatine. Ignorado como um jovem político e repetidamente desconsiderado para postos e indicações, ele aprendeu o valor da persistência. Palpatine avançou através da carreira até conseguir o poderoso posto de representante setorial no Senado Galáctico em Coruscant. Ele representa cerca de 36 planetas de um setor afastado, do qual seu planeta natal Naboo faz parte. Usando toda essa experiência a seu favor, Palpatine tem estado sempre presente nos salões da política galáctica, impressionando igualmente amigos e oponentes com sua conduta discreta e idéias simples, mas poderosas, de como a Galáxia poderia ser melhor dirigida.

Através do tempo, Palpatine desenvolveu a reputação de uma pessoa à parte da intriga e da corrupção, já que ele pacientemente condena os muitos abusos da burocracia que chegam à sua atenção. Não é uma surpresa para os internos que ele seja nomeado para o posto de Chanceler Supremo.

Diplomata

Palpatine nunca gostou do regente anterior de Naboo, o Rei Veruna, mesmo após ele seguir seus conselhos de se envolver mais na política externa. A Rainha Amidala está mais ao seu gosto, já que Palpatine acredita que ela seguirá mais facilmente suas instruções.

Antes de se encontrarem no Senado, a Rainha Amidala só viu Palpatine em pessoa uma vez, em sua coroação. Ela suspeita que sua preocupação com Naboo seja secundária às suas ambições políticas.

A escolha incomum de objetos de arte do Senador Palpatine revela à Rainha Amidala que ele há muito deixou para trás sua herança Naboo e adotou um ponto de vista mais universal.


OUTROS SENADORES

Senadora Toonbruck


Os últimos traços de idealismo da Senadora Toonbruck Toora foram erradicados ao ver a queda dos justos e ao contar os lucros produzidos pela tarefa de encontrar furos nas leis. Ela agora considera como amigos senadores criminosos que antes desprezava e recompensa leais defensores com postos bem pagos como consortes ou adidos.

Senador Orn Free Taa


Não há lugar para estilos de vida permissivos mais extremos do que Coruscant. O Senador Orn Free Taa encontrou possibilidades além de seus sonhos mais impossíveis. Ele vê o governo galáctico simplesmente como o esporte dos grandes como ele. Com seus excessos, ele se tornou vil e corpulento, mas tem confiança de que o dinheiro e o poder sempre o tornarão atraente.








MESTRE JEDI ZAIFO-VIAS



Fonte: http://pt.starwars.wikia.com/wiki/Zaifo-Vias

Zaifo-Vias foi um dia um grande amigo do Mestre Jedi Dookan, e tinha o dom de premonição. Ele predizia a guerra que ainda vinha, e sabia que a República iria então enfrentar tempos difíceis.

O Chanceler Supremo Palpatine, que era na verdade Darth Sidious, manipulou e enganou Zaifo-Vias para comissionar secretamente um exército de clones em Kamino, para defender a República. Antes disso, Dookan havia deixado a Ordem Jedi, e se juntado à Darth Sidious. Ele soube das ações de Zaifo-Vias por seu Mestre, e Sidious também revelou que eles poderiam usar o exército clone para seus próprios fins. Como um teste final de sua lealdade ao lado negro da Força, Sidious mandou Dookan assassinar Zaifo-Vias. Provando sua lealdade, Dookan assassinou Zaifo-Vias. Era a verdadeira intenção de Sidious usar Vias como uma desculpa para criar um grande exército de clones.

Dookan manteve o corpo de seu velho amigo congelado por anos, até que o Clã Bancário InterGaláctico começou com seus planos de tornar o senhor da guerra Kaleesh, General Grievous, em um grande ciborgue e estrategista supremo dos exércitos Separatistas. Dookan usou Zaifo-Vias para uma transfusão de sangue para o General. Uma vez que a transformação de Grievous em ciborgue foi completada com sucesso, Dookan deu a ele um presente muito especial; O sabre de luz azul do Mestre Zaifo-Vias.



Um pouco mais sobre política intergaláctica

Fonte: http://sarracena.blogspot.com.br/2012/01/hoje-ha-10-anos-star-wars-episodio-ii.html

A política também é importante em [Ataque dos] "Clones", mas como um debate envolvendo três partes: o idealismo de Padmé colidindo com o cinismo de Obi-Wan e com o "realpolitik" de Anakin.

Obi-Wan lembra John McCain falando sobre a reforma do financiamento de campanha:
"Digo por experiência que os senadores se concentram apenas em agradar aqueles que financiam suas campanhas (...) e de forma alguma temem esquecer os refinamentos da democracia para obterem tais recursos."
Padme, em uma cena do filme, soa como Kofi Annan pedindo a favor dos palestinos
quando diz ao Senado:
"Se você oferecer violência aos separatistas, em troca eles só poderão nos mostrar violência! Muitos perderão suas vidas. Todos perderão sua liberdade."
Anakin, como Brutus pouco antes dos Idos de Março, diz que se o Senado não consegue resolver suas diferenças, "então devem ser forçados a isso". Mas por quem? "Alguém sábio", diz ele. Padmé pondera: "Isto soa como uma ditadura para mim".

E qual é a posição de Lucas nesta polêmica política?


"Eu pendo mais para o lado liberal", disse ele. "Eu cresci em São Francisco nos anos 60, e minhas posições foram moldados por aquilo... Se você olhar para 30 anos atrás, há certas questões com os Kennedys, com Richard Nixon, que sempre atraíram meu interesse".
A própria geopolítica de Lucas pode soar um tanto desoladora:
"Todas as democracias se transformaram em ditaduras - mas não por golpe. As pessoas entregaram sua democracia para um ditador, seja Júlio César, Napoleão ou Stalin. No final, a população em geral acompanha a idéia... Que tipo de coisas conduzem as pessoas e instituições nesta direção?"
 

As Guerras Clônicas

Fonte: https://www.facebook.com/arsenalimperial/photos/a.1557530577807838.1073741856.1535202996707263/1564187443808818/?type=1&theater


As Guerras Clônicas foram um conflito travado entre a República Galáctica e a Confederação de Sistemas Independentes durante os últimos dias da República. A guerra foi arquitetada pelo Supremo Chanceler Palpatine, que secretamente era o Lorde Sith Darth Sidious, para tomar o controle da República e destruir a Ordem Jedi. Para isso, ele autorizou a criação do Grande Exército da República, formado por soldados clones secretamente criados pelos Sith, que seria liderado pela Ordem Jedi, enquanto os Separatistas eram comandados pelo Conde Dookan e depois pelo General Grievous.

O conflito foi o resultado da tensão entre a República e a Aliança Separatista, feita por milhares de sistemas solares cansados do governo republicado. A guerra começou oficialmente durante a Batalha de Geonosis e continuou por alguns anos, espalhando-se pela Galáxia em campos de batalha com Christophsis, Ryloth, Umbara e outros. Além das batalhas, o conflito não foi apenas marcado pelos esforços de guerra mas também por manipulações políticas, já que conforme a autoridade central de Palpatine aumentava, pequenos grupos de senadores começaram a se opor ao seu governo. Muitos planetas foram arrastados para os dois lados do conflito por manobras políticas, enquanto outros permaneceram neutros.

No final da guerra, a aprovação pública dos Jedi havia enfraquecido, enquanto Palpatine continuava como uma figura popular. Após a morte do Conde Dookan e do General Grievous, os Separatistas estavam enfraquecidos, foi então que Palpatine converteu o Cavaleiro Jedi Anakin Skywalker ao lado negro, transformando-o em Darth Vader, que após atacar o Templo Jedi, teria a missão de ir ao Sistema Mustafar e matar todos os líderes separatistas que lá se encontravam.

Com os separatistas mortos e os Jedi aniquilados, as Guerras Clônicas chegavam ao fim. Palpatine conseguiu aquilo que queria com a guerra: destruir a Ordem Jedi e transformar a República num Império Galáctico, sendo ele o Imperador. O regime imperial expandiu-se pela Galáxia, pregando uma era de paz e prosperidade, mas logo ficou claro que o Império era na verdade um regime opressor. Duas décadas mais tarde, a Aliança Rebelde confrontaria o Império e colocaria um fim ao Império de Palpatine.

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